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5 de fevereiro de 2025

Herdeiros devem pagar dívida do condomínio antes da partilha de bens?

A perda de um ente querido é um momento delicado, mas traz também uma série de questões patrimoniais e legais que precisam ser resolvidas. Uma dúvida comum que surge nesse contexto é: os herdeiros devem quitar as dívidas de condomínio do imóvel deixado pelo falecido antes da partilha de bens?

A resposta à essa pergunta está diretamente ligada à legislação brasileira e à forma como o processo de inventário e partilha é conduzido.

Obrigações condominiais são propter rem

As dívidas condominiais têm uma característica peculiar: são consideradas obrigações propter rem, ou seja, estão vinculadas ao imóvel e não à pessoa do devedor. Isso significa que, independentemente de quem seja o proprietário, o imóvel responde pela dívida. Assim, mesmo em caso de falecimento do titular, o montante devido ao condomínio deve ser quitado.

Quem é responsável pela dívida antes da partilha?

Até que a partilha de bens seja concluída, o patrimônio deixado pelo falecido é administrado pelo espólio, que é representado pelo inventariante. Portanto, cabe ao espólio assumir a responsabilidade pelas despesas condominiais, utilizando os recursos existentes no patrimônio do falecido.

E se o espólio não tiver recursos para quitar a dívida?

Caso o espólio não disponha de recursos financeiros para quitar as dívidas de condomínio, é importante que os herdeiros avaliem a situação com cautela. Se a dívida permanecer em aberto, o condomínio pode acionar judicialmente o espólio para obter o pagamento, e o imóvel poderá ser penhorado ou até mesmo leiloado para saldar o débito.

Herdeiros devem pagar do próprio bolso?

Os herdeiros não têm a obrigação de quitar dívidas com recursos próprios antes da partilha. Entretanto, é importante lembrar que a regularização das obrigações é necessária para que o processo de inventário tenha andamento e os bens possam ser efetivamente divididos. Em muitas situações, os herdeiros optam por arcar com essas despesas de forma provisória para evitar problemas maiores, como a desvalorização ou perda do imóvel.

A importância de assessoria jurídica

Diante da complexidade do tema, contar com a orientação de um advogado especializado é essencial. O profissional pode auxiliar no planejamento e na gestão do inventário, garantindo que todas as dívidas e obrigações sejam tratadas de forma adequada, evitando litígios e prejuízos aos herdeiros.

Se você está enfrentando situações relacionadas a inventário e partilha de bens, entre em contato com a equipe da Boaventura Ribeiro Advogados. Estamos prontos para oferecer suporte jurídico especializado e resolver suas dúvidas com agilidade e segurança.

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